29/01/18 - Produtores da região de Itapetininga usam vespas para combater pragas em lavouras

Segundo agricultores, as microvespas trichogramas conseguem combater as lagartas e traças e reduzem o uso de agrotóxicos.

Agricultores da região de Itapetininga (SP) afirmam que estão apostando em uma nova técnica que garante menos uso de agrotóxicos e protege as lavouras das lagartas e traças.

É o chamado controle biológico realizado com as trichogramas que, de acordo com o agricultor São André da Silva, são microvespes que conseguem matar as pragas ainda nos ovos.


“Antes, das 50 caixas que eu colhia de tomate eu perdia 15 por causa da traça. Agora eu perco uma caixa e meia. Esse número em uma produção orgânica é um número muito bom”, explica.

Segundo o agrônomo Cláudio Sacchi, as trichogramas são muito pequenas e para enxergá-las é necessário uma lupa. De acordo com ele, os insetos soltos na plantação de tomate parasitam os ovos as agartas e impedem sua proliferação.

“Elas ficam em cápsulas e quando nascem vão até o ovo das borboletas e traças. Quando encontram os ovos, elas os parasitam e, em sua fase jovem, comem a lagarta ainda dentro do ovo”, conta.

Ainda de acordo com Cláudio, cada cápsula de microvespa possui cerca de 1,3 mil ovos. Em dois dias, por exemplo, elas começam a agir. Cláudio explica que são necessários de 25 a 30 cápsulas para combater a lagarta em uma estufa de 800 metros quadrados.

Segundo o agricultor Esley Luis Trevisan, com a mudança do uso de agrotóxicos pelo controle biológico com as microvespas, ele teve uma economia de R$ 40 por semana. Além disso, ele passou a vender um produto sem veneno.

“Os compradores ficam mais tranquilos em comprar um produto sem química, porque sabem que não terão problemas com o consumidor final”, afirma.

 

 




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