10/06/16 - Você entende os rótulos da carne que consome?

Estudo feito com mil americanos pergunta sobre os termos e os selos presentes nas embalagens de carne. O resultado é a latente desinformação. Além das especificidades dos diferentes órgãos reguladores serem desconhecidas. Há confusão com relação a abrangência e vigilância das regras. Confira o que pensam os consumidores sobre os principais termos usados e seus verdadeiros significados:


O que os consumidores acham: Os consumidores disseram comprar mais alimentos naturais (73%) do que orgânicos (58%). A maioria absoluta acha que os alimentos orgânicos são mais caros do que os naturais. Em uma pesquisa anterior do Consumir Reports, cerca de dois terços das pessoas achavam que o rótulo de natural na carne vermelha e branca significa que não foram adicionados ingredientes ou corantes naturais nem foram usados hormônios de crescimento artificiais. Mais da metade pensa erroneamente que não há ingredientes artificiais na alimentação do animal. Bem como que não há organismos geneticamente modificados (OGMs), antibióticos ou drogas. Cerca de 60% dos consumidores acreditavam que os alimentos orgânicos tinham esses atributos.

O que isso realmente significa: Orgânico é um termo confiável para os consumidores. Natural, não. Nos rótulos de carnes, o selo de orgânico do USDA indica que o animal ingeriu somente alimentos orgânicos. Os animais não podem receber antibióticos ou hormônios de crescimento. Mesmo animais doentes tratados com antibióticos não devem ser rotulados como orgânicos.

Os rótulos de carne natural não significam que nenhum ingrediente artificial foi adicionado ao corte da carne e a carne é minimamente processada. Carnes naturais podem ser criadas com antibióticos e carne bovina natural pode ser criada com hormônios sintéticos.

Criado humanamente
O que os consumidores acham: Mais de 80% dos participantes da pesquisa disseram acreditar que a carne com esse rótulo vem de fazendas que são inspecionadas para verificar a afirmação. Muitos acreditam significar que os animais têm espaço adequado (77%), acesso ao ar livre (68%) e foram abatidos humanamente (71%).

O que realmente significa: Esse termo não tem uma definição oficial e não é verificado, nem pelo USDA nem por nenhuma organização independente. Para ter certeza de que a carne comprada vem de animais que são tratados de forma humana, deve-se buscar o selo Animal Welfare Approved, o selo GAP 1-5+ ou o selo Certified Humane. O selo USDA Organic tem alguns padrões de bem-estar animal, como espaço adequado, mas não no mesmo grau de outros rótulos de bem-estar animal.

Alimentado com pasto (Grass Fed)
O que os consumidores acham: Cerca de dois terços das pessoas da pesquisa acreditam, corretamente, que isso indica um animal criado exclusivamente a pasto – sem grãos – durante toda a sua vida. Cinquenta e oito por cento acreditam que os animais criados a pasto não recebem antibióticos ou hormônios.

O que realmente significa: O Serviço de Inspeção e Segurança Alimentar (FSIS) do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) tem a seguinte definição para carne grass fed: o produto precisa vir de animais que nunca receberam grãos e tiveram acesso ao pasto durante a estação de pastagem. Apesar disso, as fazendas não precisam ser inspecionadas pela agência. De acordo com as regras do FSIS, o animal ainda pode receber hormônios ou antibióticos.

Todos os animais gastam a primeira parte de sua vida comendo pasto ou feno. Alguns são alimentados com grãos para engordar mais e mais rápido antes do abate. Então, há pouca diferença entre o animal parcialmente criado a pasto e o animal convencional nos Estados Unidos. Além disso, esses animais podem não ter acesso contínuo ao pasto e gastar parte de suas vidas confinados.

Os selos da American Grassfed Association (AGA) e da Animal Welfare Approved Grassfed têm padrões mais rígidos do que a definição “grass fed” do USDA. Esses selos indicam que o animal recebeu somente pasto ou forragem, do desmame ao abate. Foi criado a pasto. Não foi confinado e não recebem drogas rotineiramente, incluindo antibióticos e hormônios (o AGA também requer que o animal seja nascido e criado nos Estados Unidos). Os padrões do AGA são inspecionados por terceiros.

fonte:http://www.contraosagrotoxicos.org/


<< Voltar para notícias